quinta-feira, 18 de julho de 2013

Vamos Ler!!! (Parte 4)


Eis aqui mais dez livros da lista:

16. O Jesus que Eu Nunca Conheci - Philip Yancey [Vida]
Os anos 90 assistiram ao aparecimento de um dos mais argutos e estimulantes autores de todos os tempos: o audaz Yancey, que começou a apontar para o paradigma emergente em livros como Alma Sobrevivente, Descobrindo Deus nos Lugares mais Inesperados, Maravilhosa Graça, Rumores de Outro Mundo, Decepcionado com Deus e tantos outros livros excelentes. E o mais conhecido e lido parece ser mesmo O Jesus que Eu Nunca Conheci. (Este o Italo Colares vivia lendo nos corredores do ICEC)
17. O Discípulo - Juan Carlos Ortiz [Betânia]
Poucos livros foram tão impactantes nos anos 70 quanto esta obra que excepcionalmente, não vinha do mundo anglo-saxão, mas da Argentina. Por isso mesmo, Ortiz tinha uma outra linguagem, um discurso que convencia os jovens brasileiros da seriedade e do valor de se tornar mais do que um mero frequentador de igrejas, um genuíno discípulo de Cristo. (Li este livro e não foi na década de 70, mas impactou minha vida. Indicação do meu primeiro discipulador Wagner Barbosa Alves).
18. Bom Dia, Espírito Santo - Benny Hinn [Bompastor]
O neopentecostalismo brasileiro é, em grande parte, de inspiração norte-americana. Talvez o nome mais importante nesse processo seja o do showman evangélico Benny Hinn, que desde os anos 90 assombra os norte-americanos pela televisão com seus feitos espetaculares. Mesmo quem não o leu conhece sua influência no Brasil.
19. O Refúgio Secreto - Corrie Ten Boom [Betânia]
O Testemunho desta nobre senhora holandesa encantou também o Brasil, onde seu livro foi um grande sucesso nos anos 70. Suas aventuras durante a Segunda Guerra Mundial, sob o pano de fundo de sua educação em um lar cristão, são comoventes e inspiradoras.
20. A Autoridade do Crente - Kenneth Hagin [Infinita]
Hagin foi um divisor de águas no mundo evangélico, pois desde sua influência os crentes "tomam posse", "determinam", "amarram" e "exigem". Uma nova forma de falar se fez presente, o que muitas novas piadas também.
21. Entendes o que Lês? - Fee e Stuart [Vida Nova]
Que bom que um livro sério coo este foi tão lido e estudado no Brasil. Trata-se de um compêndio de hermenêutica bíblica sem complicações, em linguagem acessível, adotado por quase todos os seminários e estudado até mesmo nas EBD's e pequenos grupos. Este livro fez muito pela educação bíblica dos evangélicos brasileiros. (Conheci este livro através do meu grande amigo, mestre e professor Wagner Barbosa)
22. Culpa e Graça - Paul Tounier [ABU] 
Não há, com raras exceções, psicólogo cristão que não considere este livro um fundamento e um marco do pensamento cristão. Mas ele não se a isso, tendo tido considerável influência na teologia evangélica brasileira nos anos 90, preparando nosso povo para o paradigma emergente do século 21. (Este merece ser lido pela mais nova psicóloga que conheço Bruna Araújo).
23. Novos Líderes para Uma Nova Realidade - Caio Fábio D'Araújo Filho [Vinde]
Este opúsculo foi, se não o mais lido, certamente o mais importante dos numerosos livrinhos do pastor Caio Fábio, fenômeno de popularidade no Brasil no anos 80 e 90, pastor midiático, influente, contundente, imitado, adorado e odiado. Caio nos ensinou a ver as coisas de outro jeito, e seu legado não vai desaparecer. 
24. Vida Cristã Normal (ou "Equilibrada", na reedição) - Watchman Nee [Editora dos Clássicos]
O controverso evangelista e autor chinês Nee teve muita influência nos anos 70 e 80, com sua visão mística do que significa ser um cristão evangélico conservador. Este livro foi seu maior sucesso, um comentário de Romanos, ainda que seu livro mais objetivo e claro seja A Libertação do Espírito.
25. É Proibido - Ricardo Gondim [Mundo Cristão]
Gondim é um dos melhores e mais polêmicos autores evangélicos contemporâneos. Seus livros, como Eu Creio, Mas Tenho Dúvidas, O que os Evangélicos (Não) Falam, Orgulho de Ser Evangélico, são sempre interessantes. Nenhum, porém, foi tão influente e marcante como É Proibido, um verdadeiro libelo anti-legalista. (Clássico Betesda)
26. Conselheiro Capaz - Jay Adams [Fiel]
Adams era uma pessoa muito simpática. Sua escola de aconselhamento cristão é muito antipática. Diferentemente de Crabb, por exemplo, problemas emocionais têm origem fisiológica ou pecaminosa. Por isso, é preciso confrontar as pessoas e insistir na mudança do seu comportamento. Foi um sucesso nos anos 80. Haja behaviorismo!
27. Quebrando Paradigmas - Ed René Kivitz [Abba Press]
Este livro foi decisivo para que os evangélicos brasileiros começassem a enxergar a outra margem do rio, a margem pós-evangélica do paradigma emergente. Kivitz é um autor surpreendente e notável, de mente dinâmica e arejada, que propõe importantes rupturas e renovações, como em seu outro livro Outra Espiritualidade. (Meu primeiro contato com este livro foi através do Mariano Júnior)
 28. O Amor Tem Que Ser Firme - James Dobson [Mundo Cristão]
O conhecido "Dr. Dobson" é pensador e autor de grandes qualidades e grandes defeitos. Seus livros, como Educando Crianças Geniosas, ajudam famílias e promovem uma espécie de teologia aplicada que merece atenção. Há, porém, muito que não se deveria levar a sério, já que vai contra o que há de mais consagrado na psicologia moderna.
29. Supercrentes - Paulo Romeiro [Mundo Cristão]
O autor de A Crise Evangélica tem talento e tem algo a dizer. Seus textos, especialmente o famoso Supercrentes, têm apontado para os exageros e enganos de muitas posturas comuns no meio evangélico contemporâneo. (No auge da minha fase apologética este era um livro de cabeceira)
30. Cristianismo e Política - Robinson Cavalcanti [Ultimato]
Trata-se de um clássico. Este livro está nas origens de toda reflexão política evangélica. Robinson é importante por outras questões, como seus livros sobre sexualidade (Uma Benção Chamada Sexo, Sexualidade e Libertação), mas sua contribuição permanente é o estímulo que deu à reflexão política evangélica. (Lembrei do Rogers Kiko)
Fico devendo os últimos dez livros que completam a lista. Até lá!!!















terça-feira, 16 de julho de 2013

Vamos Ler!!! (Parte 3)

Eis mais cinco livro da lista dos 40 livros que fizeram a cabeça dos evangélicos brasileiros nos últimos quarenta anos (2008), com estes são 15, ficam faltando 25 para completar a lista.

11. Vivendo sem  Máscaras - Charles Swindoll [Betânia]:
Outro best-seller devocional dos anos 90, de viés psicológico e de auto-ajuda, com o vigor característico das obras de Swindoll, escritas a partir de suas pregações. Muitos se sentiram não apenas edificados, mas tocados e transformados. 
12. A Cruz e o Punhal - David Wilkerson [Betânia]:
Outro opúsculo dos anos 70 que, na forma de um testemunho pessoal, inspirou os jovens evangélicos a uma fé mais comprometida. Curiosamente, não levou as igrejas a um investimento em missões urbanas, ideia que permeia todo o livro. Talvez o Brasil evangélico dos anos 70 não estivesse pronto para missões urbanas.
 13. Crer é Também Pensar - John Stott [ABU]:
Stott é um ícone no Brasil, um nome respeitado pela sua erudição e sua notável produção literária, apesar de estar invariavelmente sob suspeita de heresia pelos mais neuróticos. O fato é que a qualidade de seus livros varia. Seu excelente Ouça o Espírito, Ouça o Mundo merece mais atenção. Já o opúsculo selecionado, tão conhecido deste os anos 70, não tem muito a dizer além do título. 
14. O Senhor do Impossível - Lloyd John Ogilvie [Vida]:
Outro devocional que emplacou no Brasil nos anos 80, não sem méritos. É o maior sucesso do autor, ainda que inferior a Quando Deus Pensou em Você, que o antecedeu. O livro estimula a fé e nos faz mais esperançosos, apesar da teologia rasa. 
15. A Família do Cristão - Larry Christenson [Betânia]:
Antes de Dobson e tantos outros, Christenson já era best-seller nos anos 70. Pioneiro entre os que se pretendem auxiliares da vida familiar cristã, ele foi estudado nos lares por grupos e células, em escolas dominicais etc. Sua eficácia é comprovada.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Vamos Ler!!! (Parte 2)

Dando continuidade à lista de 40 livros que fizeram a cabeça dos evangélicos brasileiros nos últimos quarenta anos por Ricardo Quadros Gouvêa, na Revista Ultimato de 2008 (nessa época a revista estava completando 40 anos de edição).

6. Este Mundo Tenebroso - Frank Peretti (Vida):
A ficção convence mais rápido. Revoluções acontecem inspiradas por romances, e não por tratados filosóficos. Peretti, com seu horror cristão, nos ensinou o significado da batalha espiritual nos anos 80, reencantou o submundo evangélico, inspirou pregadores e, o que não é nada ruim, motivou muitos adolescentes a ler obras de ficção bem melhores.

7. A Morte da Razão - Francis Schaeffer (ABU):
A intelectualidade evangélica adotou este livro como alicerce nos anos 70, para enfrentar o existencialismo, o movimento hippie, o marxismo e a contracultura em geral. O livro convencia que o cristianismo não era incompatível com o estudo e a reflexão. É uma pena que Schaeffer estivesse tão equivocado em suas ideias centrais. 

8. Celebração da Disciplina - Richard J. Foster (Vida):
Este clássico da espiritualidade cristã, escrito por um quacre, fez um tremendo sucesso no Brasil a partir dos anos 80. É excelente, mas será que todos que o compraram de fato o leram? Gostaria de perceber uma maior influência das ideias de Foster em nosso povo, mais oração, silêncio, calma, estudo, empenho, enfim, disciplina espiritual. 

9. De Dentro para Fora - Larry Crabb (Betânia):
Os livros devocionais evangélicos de viés psicológico ou de auto-ajuda são os títulos que mais vendem. Dentre eles, alguns se destacam não por serem campeões de vendagem, mas porque são os melhores do gênero. Crabb é o melhor autor do gênero e este é seu melhor livro, que impactou o nosso povo nos anos 90. 

10. Louvor que Liberta - Merlin R. Carothers (Betânia):
Este pequeno e poderoso manifesto em forma de testemunho revolucionou, nos anos 70, o louvor e a adoração no Brasil. O bom capelão ensinou a todos nós a espiritualidade da adoração, o poder do louvor, impulsionando as guerras litúrgicas que marcariam a vida de nossas comunidades a partir de então. 
Estes são mais cinco livros da lista. Faltam mais 30 para completar toda a listagem proposta por Ricardo Gouvêa. No decorrer da semana publicarei o restante.




sexta-feira, 12 de julho de 2013

Vamos ler!!!



Achei uma lista de quarenta livros (40) publicada na revista Ultimato de novembro/dezembro de 2008. Leia o que Ricardo Quadros Gouvêa escreveu antes de listá-los:

"Toda lista é pessoal, e esta não é uma exceção, mas busquei seguir aqui critérios objetivos: livros que foram campeões de vendagem, citados e debatidos, que influenciaram e continuam influenciando os evangélicos brasileiros, livros muito lidos com alto índice de rejeição, e também os que hoje estão operando uma mudança paradigmática na cultura evangélica contemporânea. Escolhi no máximo um livro por autor e procurei incluir alguma diversidade cultural e de gênero literário, bem como denominacional e teológica, sem que isso nos tirasse do projeto original: listar os quarenta livros que, nos últimos quarenta anos, fizeram a cabeça do povo evangélico brasileiro. Ordenei a lista por ordem de importância: dos livros mais influentes aos menos influentes dentre os quarenta selecionados, independentemente da data. Divirta-se concordando ou discordando, corrigindo meus equívocos e fazendo sua própria lista".
Irei divulgar a lista proposta por Ricardo Quadros Gouvêa, bem como os comentários sobre cada livro. Eis os cinco primeiros livros da lista:

1. Manaciais no Deserto - Lettie Cowman (Betânia):
Não há outro livro mais amado pelos evangélicos brasileiros. Este campeão de vendagem é um livro de leituras devocionais diárias que conquistou nosso país. O livro é, de fato, bom, mas desconfio que a tradução deu uma mãozinha.

2. Uma Igreja com Propósitos - Rick Warren (Vida)
O maior best-seller evangélico de todos os tempos é uma catástrofe literária. É ainda difícil calcular o dano que esta obra equivocada causou e ainda irá causar, com sua filosofia de ministério inteiramente vendida ao Zeitgeist, propondo a homogeneização das igrejas e um pragmatismo de dar medo.
 
3. A Quarta Dimensão - David Paul Yonggi Cho (Vida)
Este livro fez mais pelo movimento pentecostal no Brasil do que qualquer televangelista. O testemunho bem escrito do pastor coreano que vive cercado de milagres causou frisson até mesmo nos grupos mais conservadores. Seu modo de ver a vida com Deus e o ministério marcaram as últimas décadas.

 4. A Agonia do Grande Planeta Terra - Hall Lindsay (Mundo Cristão)
Calcado no pré-milenismo dispensacionalista de Scofield, este best-seller apocalíptico empolgou os profetas do fim do mundo no Brasil, com sua interpretação literalista imprudente e seu patriotismo norte-americano acrítico. Lindsay foi o arauto de três décadas das mais absurdas especulações escatológicas em nossas igrejas.

5. O Ato Conjugal - Tim e Beverly La Haye (Betânia)
Sexo é um assunto importante, e o povo ansiava por uma orientação em face da revolução sexual dos anos 60. Daí o sucesso de um livro bem escrito como este, didático e conservador, ao gosto da moral evangélica, mas sem ser inteiramente obtuso. Mesmo assim, muitos o chamaram de pornográfico. Nada mais injusto.

Bem esses são os cinco primeiros livros da lista. Postarei o restante posteriormente. Leiam, critiquem, divulguem e indiquem outros livros, quem sabe algum aparece entre os quarenta. E como o próprio autor da lista falou ela é pessoal.




sábado, 9 de junho de 2012

Antropônimos




Os antropônimos compreendem amplamente os nomes de pessoas. Há variadas fontes históricas dos nomes próprios. Em algumas sociedades antigas acreditava-se que, ao escolher o nome de uma criança, seus pais ajudavam a definir sua personalidade e a traçar seu destino: Beatriz (a que traz felicidade), Celina ( filha do céu), Ricardo (chefe poderoso), Helena (tocha, luz), Lúcio (provido de luz), Hortênsia (a que cultiva jardins). 

Muitos nomes são tomados por derivação imprópria, às designações de flores e plantas: Dália, Margarida, Magnólia. Os sobrenomes são, nas sociedades em geral, uma designação de família. Nesse domínio é comum a utilização, por derivação imprópria, de nomes de animais e de árvores: Coelho, Lobo, Laranjeira, Carvalho. 

Têm espcial papel nesse vínculo familiar os patrônimos, que derivam do nome de algum ancestral: Fernandes (de Fernando), Álvares (de Álvaro), Nunes (de Nuno). No português do Brasil há alguns nomes próprios de origem indígena: Bartira, Cauê, Iraci, Jurandir. A imigração, o cinema e a mídia - especialmente as novelas de televisão - também são meios de ingresso de muitos antropônimos. 

Seguramente se deve à popularidade do pop star americano Michael Jackson a origem do nome próprio Maicon. Também tipicamente brasileira é a tendência à criação de antropônimos por meio de amálgama ou aglutinação dos nomes de outras pessoas da família: Vanílson (Vânia e Nílson), Gildésio (Gilda e Edésio), Francineide (Francisco e Neide).

segunda-feira, 2 de abril de 2012

PARTE I - LIVRO I - A infância

 1. Invocação ou louvor?

Concedei, Senhor, que eu perfeitamente saiba se primeiro Vos deva invocar ou louvar, se, primeiro, Vos deva conhecer ou invocar.
Mas quem é que Vos invoca se antes não Vos conhece? Esse, na sua ignorância, corre perigo de invocar outrem. -- Ou, proventura não sois antes invocado para depois serdes conhecido? "Mas como invocarão Aquele em quem não acreditaram? Ou como hão de acreditar, sem que alguém lhes pregue?" "Louvarão ao Senhor, aqueles que O buscarem". Na verdade os que O buscam, encontrá-l'O-ão e aqueles que O encontram, hão de louvá-l'O.

Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
Isaías 55:6
Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
Isaías 55:6

Meu diário de leitura

Atualmente estou lendo "Confissões" de S. Agostinho e postarei citações das leituras de cada capítulo de cada livro.

S. Agostinho chamou de Confissões a libertação da verdade. Confiteri, confessar, não tem o sentido negativo de reconhecer faltas e deficiências ou de admitir crimes e pecados: réu confesso! Confessar tem nas Confissões o sentido positivo do evento pascal, de proclamar a grandeza, de engrandecer a libertação dos homens pela verdade de Deus. As confissões proclamam a libertação de todos os homens (e mulheres) e assim anunciam para todo o mundo a verdade libertadora de Deus.