Os antropônimos compreendem amplamente os nomes de pessoas. Há variadas fontes históricas dos nomes próprios. Em algumas sociedades antigas acreditava-se que, ao escolher o nome de uma criança, seus pais ajudavam a definir sua personalidade e a traçar seu destino: Beatriz (a que traz felicidade), Celina ( filha do céu), Ricardo (chefe poderoso), Helena (tocha, luz), Lúcio (provido de luz), Hortênsia (a que cultiva jardins).
Muitos nomes são tomados por derivação imprópria, às designações de flores e plantas: Dália, Margarida, Magnólia. Os sobrenomes são, nas sociedades em geral, uma designação de família. Nesse domínio é comum a utilização, por derivação imprópria, de nomes de animais e de árvores: Coelho, Lobo, Laranjeira, Carvalho.
Têm espcial papel nesse vínculo familiar os patrônimos, que derivam do nome de algum ancestral: Fernandes (de Fernando), Álvares (de Álvaro), Nunes (de Nuno). No português do Brasil há alguns nomes próprios de origem indígena: Bartira, Cauê, Iraci, Jurandir. A imigração, o cinema e a mídia - especialmente as novelas de televisão - também são meios de ingresso de muitos antropônimos.
Seguramente se deve à popularidade do pop star americano Michael Jackson a origem do nome próprio Maicon. Também tipicamente brasileira é a tendência à criação de antropônimos por meio de amálgama ou aglutinação dos nomes de outras pessoas da família: Vanílson (Vânia e Nílson), Gildésio (Gilda e Edésio), Francineide (Francisco e Neide).